CABOCLOS
Estava na beira do rio
sem poder atravessar
chamei pelo caboclo
caboclo Tupinambá
Estava na beira do rio
sem poder atravessar
chamei pelo caboclo
caboclo Tupinambá
Tupinambá chameeeeeeeeeeeeei
chamei tornei chamar ea
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Portão da aldeia abriu
para os caboclos passar
Portão da aldeia abriu
para os caboclos passar
É hora é hora é hora caboclo
de vim pra trabalhar
É hora é hora é hora caboclo
de vim pra trabalhar
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Chefe dos índios, chama os índios na aldeia
Chefe dos índios, chama os índios na aldeia
Na aldeia meus caboclos na aldeia
Na aldeia meus caboclos na aldeia
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Oxóssi nas matas sorria
sorria ao ver o perigo
mais ele amarrado em seu tronco
trazia no peito
a flecha e o sangue escorria
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Caboclo roxo da pele morena
ele é Oxóssi caçador la da Jurema
Ele jurou e ele jjurará
pelos conselhos que a Jurema vai lhe dar
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Caboclo roxo da pele morena
ele é Oxóssi caçador la da Jurema
Ele jurou e ele jjurará
pelos conselhos que a Jurema vai lhe dar
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Jurema toma cuidado
toma cuidado com esse matagal
Jurema toma cuidado
toma cuidado com esse matagal
Se ver uma cobra por ai passar
não mate ela que é cobra coral
Éééé uma cobra coral
Ôh é uma cobra coral
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Caboclo flecheiro, tu és a nação do Brasil
tu és a nação brasileira caboclo
tu és a nação do Brasil
As cores da nossa bandeira
O verde o amarelo o azul anil
Tu és a nação brasileira caboclo
tu és a nação do Brasil
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Na sua aldeia tem os seus caboclos
nas suas matas tem as cachoeiras
no seu saiote tem pena dourada
seu capacete brilha na alvorada
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Na boca da mata eu tive uma visão
Na boca da mata eu tive uma visão
O caboclo dizia, eu não
O caboclo dizia, eu não
Eu vou eu vou, onde ele mora
mora nas matas, de Nossa Senhora
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Cobra coral é caboclo
cobra coral é caboclo
É filho da Jurema
neto do seu Arranca Toco
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Ô lua nova que clareia o mundo
ô lua nova que clareia o mar
ô lua nova que clareia os terreiros
faz caboclos guerreiros trabalhar
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Aqui nesta aldeia
tem um caboclo que ele é real
Ele não mora longe
mora aqui mesmo neste casuá
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Caboclo Iru, é da Guabiraba
caboclo Iru, é da Guabiraba
Ele é o dono da serra
é o rei das águas claras
Eu sou, eu sou, eu sou caboclo Iru
sou eu, sou eu, Iru Iru Iru
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A coral é sua cinta
a jiboia é sua lança
quizua quizua quizua ê
caboclo mora nas matas
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Caiu uma flecha na Jurema
veio o orvalho e molhou
E veio o sol e enxugou
enxugou, enxugou
as suas matas, abriram-se toda em flor
Dona Jurema
Jurema, Jurema
ô Juremê ô Juremá
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Ô Jureme, ô Juremá
suas folhas caiu serena ô Jurema
dentro deste congá
Saravá seu 7 flechas
que ele é o rei das matas
a sua bodoque atira caboclo
a sua flecha mata
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Foi numa tarde serena
Lá nas matas da Jurema
que vi um caboclo bradar
Quiô, quiô quiô quiô que era
suas matas está em festa
Saravá seu Mata Virgem
que ele é o rei da floresta
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Vestimenta de caboclo é samambaia
é samambáia é samambáia
saia caboclo não não me atrapalha
saia do meio da samambáia
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Tem caçador na beira do caminho
mas não me mate essa coral na estrada
Ela foi fazer sua morada oi caçador
ô no romper da madruga
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Ó senhor das matas
Nesta sua paz, eu vou me abrigar
Sob um Sol de igualdade
Vou sentir liberdade
Com o senhor vou caçar
Vou parar nesse verde de Oxóssi
Esperança pra mim
Entre folhas caindo
Pé no chão vou seguindo
Eu vou viver
Me banhar em seus rios
Liberto a correr
Folhas verdes no frio irão me guardar
Santa paz de Oxóssi
Vai me acompanhar
Me banhar em seus rios
Liberta correr
Folhas verdes no frio irão me guardar
Santa paz de Oxóssi
Vai me acompanhar
Acordar quando o Sol no horizonte nascer
Acordar quando o Sol no horizonte nascer
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Despedida
A sua mata é longe, e eles vão embora
e vão beirando o rio azul
Adeus Umbanda, adeus caboclos, que eles vão embora
E vão beirando o rio azul
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A sua mata é longe, e eles vão embora
e vão beirando o rio azul
Adeus Umbanda, adeus caboclos, que eles vão embora
E vão beirando o rio azul
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Caboclo pegue a sua flecha
pegue o seu bodoque, que o galo já cantou
O galo já cantou na aruanda
Oxalá lhe chama para sua banda
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E ela vai embora
Vai pra sua aldeia
Onde a Jurema mora
é no pé da serra
pegue o seu bodoque, que o galo já cantou
O galo já cantou na aruanda
Oxalá lhe chama para sua banda
----- o -----
E ela vai embora
Vai pra sua aldeia
Onde a Jurema mora
é no pé da serra
